Heinz Kohut
A questão da psicologia moral é no que diz repeito à diversidade teórica.
É fato o que se diz em ser uma discussão benéfica se houvesse diálogo entre as correntes. Nesse sentido, é importante o que se destaca com razão e afetividade, onde dimensões afetivas, de pulsões e sentimentos, e racionais, de inteligência, partem de abordagens da psicologia moral.
O indivíduo deve fazer uso de sua inteligência não só para compreender a sociedade e melhor aplicá-la, mas também para construir uma moral, embora Durkheim pensasse diferente. Mesmo quando a formação moral for bem sucedida, nada garante que, em determinados momentos, forças primitivas não possam voltar a dirigir as ações dos homens.
A afetividade traduz-se ela obediência a algo exterior ao sujeito: os mandamentos da sociedade.
Piaget tem um bom posicionamento em defender a privilegiação e autonomia da razão.
O processo de construção certamente dá-se na interação com o meio, e essa interação é medida pelas ações do sujeito sobre esse meio. Ética e moral constroem bases que guiam a conduta do homem. Ensinam a melhor forma de se comportar e agir na sociedade.
O grande mérito do pai da psicanálise foi certamente o de ter sublinhado o caráter conflitivo da relação do indivíduo com a moral.
Por um lado, o individuo quer a ela se submeter, pois sabe que esse é o preço a ser pago para viver em sociedade e se civilizar.
Por outro, ele reluta fortemente em faze-lo, pois tal submissão implica perda de liberdade e, portanto, renúncia a saci ação de desejos. É por esta razão que o por vir moral de cada um é incerto.