HEGEMONIA DO ECLETISMO FILOS FICO NO COL GIO PEDRO II
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HEGEMONIA DO ECLETISMO FILOSÓFICO NO COLÉGIO PEDRO II: SEUS PROFESSORES, COMPÊNDIOS E PROGRAMAS DE ENSINO (1844-1880)i Silvino Aréco UNIDERP-Anhanguera silvinoareco@yahoo.com Thiago Oliveira Custodio Universidade Federal de Mato Grosso do Sul custodio7@live.com
Douglas Oliveira Custódio Universidade Federal de Mato Grosso do Sul douglascustodio0101@hotmail.com
Considerando o período de hegemonia do ecletismo filosófico no Colégio Pedro II, o trabalho discute os professores, compêndios e programas de ensino de filosofia empregados entre 1844 e 1880, quando a disciplina esteve sob a orientação dos ecléticos.
A primeira parte procura caracterizar este momento de hegemonia do ecletismo filosófico na educação secundária, iniciado com o concurso de 1844, amplamente divulgado no Rio de Janeiro pelo jornal Minerva Brasiliense. Em seguida, parte para uma análise que relaciona os compêndios naquele contexto e os respectivos programas de ensino.
Para tanto, importa lembrar que a necessidade do Estado imperial de criar quadros dirigentes, ao transferir sua sede para o Brasil, também engendrou as condições objetivas para a formação de uma fração da classe dominante com características urbanas e mais idealistas, mas que também procurou no velho continente outras influências: “enquanto nossos políticos procuram copiar as instituições inglesas, as maneiras parlamentares inglesas e pseudônimos jornalísticos ingleses os intelectuais seguiam os modelos franceses” (BASBAUM, 1967, p.196). Essa fração da classe dominante, de base urbana “[...] sem dúvida [devido] ao fato de serem os intelectuais na sua maioria ou totalidade, pertencentes à classe média, não [era] ligada aos interesses ingleses” (BASBAUM, 1967).
Nestes terrenos sociais recrutavam-se os intelectuais que lecionavam no Colégio Pedro II, espaço físico e educacional que materializava os anseios do liberalismo e até