HEG Finish 2

1961 palavras 8 páginas
Introdução

Em meados da década de 1950, houve um debate entre dois historiadores econômicos, Maurice Dobb e Paul Sweezy. Ambos discordavam entre si da forma em que se deu a transição do feudalismo para o capitalismo, os argumentos de tais escritores perfizeram a base de toda discussão sobre o tema. O objetivo do presente trabalho é mostrar as divergências entre as teorias de Dobb e Sweezy, que analisam a desintegração do feudalismo e a transição para o capitalismo. Para isso será feita uma comparação, ressaltando as maiores diferenças e semelhanças entre elas. Analisar as teorias de Dobb e Sweezy é interessante à medida que ambos remetem-se aos principais pensadores clássicos sobre o assunto em suas respectivas teorias.

1- A Transição por Maurice Dobb

Dobb caracteriza o modo de produção feudal pela relação de apropriação do excedente por parte do senhor feudal em relação ao produtor direto, que tem a posse dos meios de produção e pode produzir para a sua subsistência; porém, devido aos laços da servidão, ele deve repassar o excedente da produção para o seu superior imediato. Devido a esta relação de propriedade (a relação de os produtores diretos não estarem separados dos meios de produção), os senhores feudais, para se apropriarem do excedente produzido, apelam a dispositivos extra-econômicos fundados na violência e na tradição para coagir os produtores diretos. Segundo Dobb, foram as contradições internas do modo de produção feudal, centradas no antagonismo entre senhores feudais e servos, que levaram à sua dissolução. A crescente necessidade dos senhores feudais por maiores rendimentos os levou a intensificar a exploração sobre os servos , fato que acentuou a luta de classes e determinou, a longo prazo, a dissolução da economia feudal. (Dobb, A Evolução do Capitalismo; Cap II; Pgs 51,52). Neste sentido, o comércio e a emergência das cidades não foram os fatores decisivos no declínio

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