hebreus
Finalmente, também é importante considerar que no segundo século, “pelo menos na época de Justino, a palavra ‘iluminado’ veio a ser usada como sinônimo de batismo”29 e parece ser esta a razão pela qual a versão “peshita siríaca” traduz a expressão como “aqueles que de uma vez por todas desceram ao batismo” 30. Champlin ainda considera que o uso de “iluminação” em alusão ao batismo, era bastante comum na época de Tertuliano (160-220 a.D.), “talvez como termo tomado por empréstimo das religiões misteriosas, que assim denominavam seus ritos de abluções e lavagens”.31
As demais expressões “provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro” (cf. 6.4-5) só não podem ser entendidas como descrição de uma experiência cristã concreta com relativo esforço. Em 3.1, o autor de Hebreus chama seus leitores de “santos irmãos” (adelfoi hagioi), reconhecendo-os como cristãos genuínos e ali afirma que eles foram participantes da “vocação celestial” (kleseos epouraniou), expressão essa que lembra “dom celestial” (doreas epouraniou) que o grupo chamado de “aqueles” em 6.4 provou, sendo que o termo metochos, traduzido como “participantes” é o mesmo utilizado na próxima expressão relacionada ao Espírito Santo.
A afirmação de que “provar” tanto o dom celestial, quanto a boa palavra e os poderes do mundo vindouro significa tão somente “sentir o gosto ou experimentar” e não uma experiência cristã vivenciada na sua totalidade e de