hebreus
Quando os diversos livros do Novo Testamento foram formalmente reunidos em uma única coleção, logo após 100 d.C., os títulos foram acrescentados por conveniência. Esta epístola traz o título grego tradicional, “Aos Hebreus”, o qual foi autenticado por volta do segundo século d.C. Contudo, em seu próprio conteúdo não há indicação se os destinatários eram hebreus (judeus) ou gentios.
Como ela é farta de referências à história e à religião dos hebreus, e não se dirige a nenhum gentio em particular nem a nenhuma prática pagã, o título tradicional foi mantido.
AUTOR E DATA
O autor de Hebreus é desconhecido. Foram sugeridos os nomes de Paulo, Barnabé, Silas, Apolo, Lucas, Filipe, Priscila, Áquila e Clemente de Roma por diferentes estudiosos, mas o vocabulário, o estilo e várias características literárias da epístola não sustentam claramente nenhuma dessas suposições. É importante notar que o autor inclui-se entre as pessoas que receberam a confirmação da mensagem de Cristo por outros (2.3). Isso parecia excluir alguém como Paulo, que afirmava ter recebido tal confirmação diretamente de Deus, e não dos homens (Gl 1.12). Seja quem for o autor, ele preferiu citar referências do Antigo
Testamento contidas no Antigo Testamento grego (Septuaginta), em vez de referências do texto hebraico. Até mesmo a igreja antiga expressou diversas opiniões sobre a autoria desse texto, e os estudos atuais admitem que o enigma ainda não foi solucionado. Portanto, o melhor parece ser aceitar o anonimato da epístola.
Afinal de contas, o autor foi, certamente, o Espírito Santo (2Pe 1.21).
O uso do tempo presente em 5.1-4; 7.21, 23, 27-28; 8.3-5, 13; 9.6-9, 13,
25; 10.1, 3-4, 8, 11 e 13.10-11 sugere que o sacerdócio e o sistema sacrificial levítico ainda estavam em uso quando a epístola foi escrita. Como o templo foi destruído pelo general (mais tarde Imperador) Tito Vespasiano em 70 d.C., a epístola deve ter sido escrita antes dessa data. Além disso, deve