Observando a posição de Hayek sobre a busca de explicações, para os fenômenos sociais, que recaiam no agir individual, intencional, a qual, em suma, discorre que o individuo só é de fato individuo, se não for inteiramente individuo, escancarando sua posição contraditória, assumindo que o individuo exerce sua individualidade levando em conta simultaneamente que o comportamento individual agregado pode produzir resultados diversos originalmente não pretendidos e que poderão afetar seu comportamento futuro. Sustentando seu argumento que se opõe aos individualistas racionais, os quais defendem o conhecimento objetivo, tal como o observador supõe conhecê-los, e a busca pelo equilíbrio perfeito, Hayek contradiz que se os fatos são objetivamente conhecidos e se o individuo é por natureza racional, maximizador, autocentrado e determinado por si mesmo, todos os comportamentos dos indivíduos podem ser padronizados e previstos. Sendo isso possível, nessa sociedade os indivíduos serão capazes de produzir um ótimo social (equilíbrio) que pode ser perfeitamente planejado. Tirando assim do individuo a fonte da ação e passando para a sociedade e reiterando a posição de Hayek sobre o conhecimento subjetivo. Diz ele que para preservar o individuo como ator privilegiado é preciso "apanhá-lo em seu contexto", salientando que sua determinação não é autônoma, que é processada pelas instancias sociais. Só assim, segundo ele, para que a sociedade criada não seja perfeita, ideal, que seja imune a previsões e planejamento (que seja real), pois seus resultados não podem ser conhecidos antes que se efetivem. Sendo, portanto, o conhecimento objetivo uma ilusão, cada individuo retém o conhecimento subjetivamente, baseado em como o mundo é mostrado diferentemente para cada um e como cada individuo enxerga o mundo. Estes conhecimentos estão relacionados à concepção do individuo como algo socialmente constituído. Hayek destaca que o saber subjetivamente retido é constituído por três