Havaianas
Analisando o conceito de estratégia genérica de Porter, no caso das Havaianas houve uma mudança estratégica de extrema importância: sair da estratégia de liderança de custo para uma estratégia de diferenciação. A imagem das sandálias estava associada às camadas mais pobres da população. A empresa decidiu mudar a história das Havaianas. Anteriormente o foco era na redução dos custos de produção, depois as Havaianas passaram a receber investimentos que lhes conferiram um valor agregado cada vez maior. A redefinição da estratégia resultou no lançamento da linha “Havaianas Top”, com a proposta de reconquistar a classe média. No caso das Havaianas, isso significou uma mudança no posicionamento do produto, no marketing, na produção, na logística, na relação com os clientes, na pesquisa e desenvolvimento, entre outras coisas importantes em um processo de mudança de estratégia empresarial. Ou seja, a estratégia da empresa acabou se refletindo nas diversas áreas e na cadeia de valor como um todo.
História
Em 1962 foram lançadas as sandálias brasileiras feitas de borracha. O primeiro modelo é o mais tradicional: branco com tiras e laterais da base azuis. Não possuíam um atrativo visual, porém, eram demasiado baratas. Com o fator preço favorecendo o mercado, em menos de um ano eram produzidos mais de 13 mil pares por dia.
Em 1994, de uma nova versão: Havaianas Top com cores fortes, ligeiramente mais altas no calcanhar do que o modelo original, dando a ideia de que pertencia a um público de classe mais alta, e o nome gravado em relevo. O novo modelo, com tiras e solados monocromáticos, foi inspirado na moda inventada pelos surfistas brasileiros que viravam as palmilhas de suas (antigas) Havaianas a fim de deixar a face colorida voltada para cima. O modelo foi posicionado no mercado como um produto mais caro do que as tradicionais. Impulsionada por maciços investimentos em campanhas publicitárias protagonizadas por artistas e celebridades,