Harry Potter e a cibercultura
TRABALHO DE PANORAMAS DA COMUNICAÇÃO DIGITAL
Harry Potter
06 de Junho de 2013
Vem se formando no ciberespaço uma cultura popular na qual os sujeitos detém enorme importância, fazendo do espaço virtual um lugar cada vez mais rico de interações, conhecimentos e trocas que modificam de maneira real as várias esferas da sociedade. As novas tecnologias estão mudando as velhas mentalidades e atitudes que são, em grande parte, baseadas em uma cultura de massa em que a posse do polo emissor é apenas da grande mídia, que difunde seus interesses de forma única.
Com a cibercultura em formação, existe uma maior possibilidade de participação e engajamento dos usuários, especificamente, em comunidades de fãs que criticam, modificam, adaptam e até mesmo recriam o conteúdo das mídias.
Dentro desse contexto, de um novo tipo de cultura em formação e com o avanço das novas tecnologias, surgem as narrativas transmidiáticas, conceito abordado por Jenkins em seu livro “Cultura da Convergência”, onde usa o exemplo da trilogia Matrix, mas nesse texto em questão usaremos a saga de Harry Potter como exemplo principal.
Primeiramente, é preciso compreender as bases do conceito explorado, que vem da convergência midiática, fenômeno que se caracteriza não pela simples agregação de mídias de forma puramente somatória, mas da convivência de vários suportes midiáticos, ou seja, da interdependência entre eles. Nesse sentido, uma Narrativa Transmidiática pode ser compreendida como uma narrativa que se desdobra nos diferentes suportes midiáticos e eles possuem certa dependência entre si. O temo “certa dependência” foi assim empregado porque uma narrativa pode se desdobrar de forma mais livre em determinado suporte, caso o produtor assim desejar.
Jenkins afirma que hoje em dia o consumidor está cansado da repetição enfadonha de conteúdos nos diferentes suportes, porque o que ele quer