Harry Guntrip Caso Clinico

Resumo do caso
Harry Guntrip nasceu no ano de 1901, transcreveu seu próprio caso em um artigo que foi publicado após o seu falecimento em 1975. Sua mãe era considerada uma mulher difícil de se lidar e seu pai foi um missionário da Igreja Metodista. O motivo de Harry ter iniciado os estudos de psicanálise foi para compreender os sintomas de exaustão que as vezes se manisfestavam e que, de acordo com ele, deveriam ter ligação com um trauma de infância vivido por ele aos três anos e meio de idade.
Harry Guntrip era conhecido por ter energia e atividade incessantes. De acordo com o relato de amigos, ele espontanemente não conseguia parar e estava o tempo todo a busca de algo, trabalhando, lendo, escrevendo, pensando e discutindo sobre seus temas, sem descanso. Era ainda ótimo professor e havia uma facilidade sem igual quando tinha que apresentar as mais diferentes perspectivas teóricas que surgiam no universo psicanalítico, como desenvolvimentos da teoria central.
A análise com Fairbairn ocorreu ao longo da década de 50, e a feita com Winnicott, bem mais curta (de 1962 a 1968), compreendeu cerca de 150 sessões, uma vez que, devido à distância, as sessões eram mensais.
A mãe de Harry era a mais velha entre onze irmãos. Desde muito nova, precisou cuidar das crianças, fazendo portanto, um papel de mãe e tendo muitas responsabilidades. Por conta disso, posteriormente, falava que não queria filhos e também não gostava de crianças. Ela dizia que “...não deveria jamais ter-me casado, nem ter tido crianças. A natureza não me fez para ser esposa nem mãe, mas para ser mulher de negócios” e “Penso que jamais compreendi as crianças. Elas me são totalmente indiferentes”. Já o pai de Guntrip, que fazia parte da igreja e era um homem muito conservador, ignorava o pensamento da esposa.
Quando Harry tinha três anos e meio, perdeu seu irmão mais novo, Percy, relatando que o viu nu e morto no colo de sua mãe. Depois disso, Harry também adoeceu, quase chegando à morte. Guntrip não