Introdução: A Hantavirose americana é uma doença infecciosa que se caracteriza, inicialmente, por apresentar sinais/sintomas inespecíficos, como febre, cefaléia, mialgia, dor abdominal, os quais, quando seguidos de dispnéia, hipotensão arterial e insuficiência cardiorrespiratória é conhecida como síndrome cardiopulmonar por hantavírus (SCPH), cuja taxa de letalidade pode chegar a mais de 50% dos casos. A doença é causada por vírus da família Bunyaviridae, do gênero Hantavirus, cujos reservatórios naturais são os roedores silvestres da subfamília Sigmodontinae. Objetivo: Avaliar a ocorrência da Hantavirose no Brasil, pelo presente acometimento cardiovascular que a doença se caracteriza. Metodologia: Foi realizado o monitoramento do perfil epidemiológico da Hantavirose no Brasil, tomando como base dados do Ministério da Saúde, a partir de estudos clínicos e epidemiológicos realizados no país desde 1993 até 2010. Resultados: Observou-se que no Brasil, do período de novembro de 1993 a dezembro de 2010, foram confirmados 1.312 casos, dos quais 91,8% (1.204) por critério laboratorial. As regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste registraram 485 (36,9%), 398 (30,4%) e 333 (25,4%) casos, respectivamente, enquanto que o Norte (82) e o Nordeste (14), juntos, detectaram apenas 7,3% dos casos. Na Paraíba não foi diagnosticado e/ou notificado casos. Metade dos indivíduos acometidos (50,0%) residiam em área rural; cerca de 77,6% eram do sexo masculino. Nos estados em que ocorreram óbitos a taxa de letalidade variou entre 20 a 70%. Conclusão: Com a obtenção dos dados epidemiológicos, foi possível concluir que a alta taxa de letalidade é o que determina sua importância como problema de saúde pública para o país. Nas áreas onde não houve registros de casos, a falta de padronização nos relatórios mensais dificulta monitorar a realização ou não de atividades de vigilância epidemiológica nessas