Hanseníase
Elsia Nascimento Belo ImbiribaI,II
Antônio Levino da Silva NetoI,II
Wayner Vieira de SouzaIII
Valderiza PedrosaIV
Maria da Graça CunhaIV
Desigualdade social, crescimento urbano e hanseníase em Manaus: abordagem espacial
Luiza GarneloI,II
Social inequality, urban growth and leprosy in Manaus: a spatial approach RESUMO
OBJETIVO: Analisar a epidemiologia de hanseníase segundo a distribuição espacial e condições de vida da população.
MÉTODOS: Estudo ecológico baseado na espacialização da hanseníase em
Manaus (AM), entre 1998 e 2004. Os 4.104 casos obtidos do Sistema de
Informações de Agravos de Notificação foram georreferenciados de acordo com a localização dos endereços em 1.536 setores censitários urbanos, por meio de quatro técnicas: correios (73,7% dos endereços encontrados); Programa de Cadastro de Logradouros (7,3%); Programa Saúde da Família (2,1%) e folhas de coleta do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1,5%). Para cálculo do coeficiente de detecção utilizou a população de 2001. Na análise espacial foi aplicado o método bayesiano empírico local para produzir uma estimativa do risco da hanseníase, suavizando o efeito da flutuação das taxas, quando calculadas para pequenas áreas. Para análise da associação entre espacialização e fatores de risco empregou-se a regressão logística, tendo como variáveis explicativas a ocorrência de casos em menores de 15 anos
(indicador de gravidade) e o Índice de Carência Social construído a partir das variáveis do Censo 2000.
I
Instituto Leônidas & Maria Deane. Manaus,
AM, Brasil
II
Universidade Federal do Amazonas.
Manaus, AM, Brasil
III
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães.
Fundação Instituto Oswaldo Cruz. Recife,
PE, Brasil
RESULTADOS: O coeficiente de detecção apresentou-se hiperendêmico em
34,0% dos setores e muito alto em 26,7%. A medida de associação (odds ratio) referente às variáveis explicativas foi