Hans staden – o filme
Para quem gosta de uma bela obra cinematográfica, este filme é maravilhoso, é um filme que tenta retratar fielmente, sem estereótipos, a vida dos povos indígenas do Brasil na época do descobrimento. Nessa época, as Capitanias eram constantemente invadidas por tribos indígenas. Dentre essas tribos, havia as que se aliavam aos portugueses até por conta de uma rivalidade entre si como exemplo, a tribo dos Tupinambás era aliada dos franceses que lutava com os portugueses pela posse de terras, e estes eram aliados dos Tupiniquins que eram inimigos mortais dos Tupinambás. Essas tribos eram antropófagas, comiam gente, e o maior medo dos colonizadores era cair nas mão de uma dessas tribos inimigas.
Foi nesse contexto que o alemão Hans Staden naufragou no litoral de Santa Catarina e dois anos depois, chegou a São Vicente, concentração da colônia portuguesa no Brasil, onde trabalhou por mais dois anos com o intuito de juntar dinheiro para retornar à Europa.
No tempo em que viveu em São Vicente, Staden passou a ter um escrivão da tribo Carijó, que o ajudava. Preocupado com o sumiço do mesmo após ter ido pescar, Staden parte à sua procura se embrenhando numa canoa no rio. Ao chegar a certa altura do rio, foi instigado a atirar após ler uma inscrição e qual não foi a sua surpresa, o que ele mais temia lhe aconteceu, foi capturado por índios de uma das tribos mais temida da época, os Tupinambás.
Segundo o costume, a presa, ou o prisioneiro, era de quem tocasse primeiro, e este foi o Nhapepô-Açu, ou seja, “Panela-Grande. Desde o início, ficou clara a intenção de seus captores de devorá-lo, pois foi cercado aos gritos, despido, esbofeteado, ferido com uma lança e mordendo-o, os índios agiam como se estivessem saboreando sua carne e ao chegar à aldeia, toda a tribo foi ver o inimigo capturado e ele foi obrigado a gritar: Aju ne peê remiur, ou seja, - Eu, seu alimento está chegando, e isto é de aterrorizar qualquer um. Ao chegar na tribo e não ter sido