hanna arendt
As respostas a este fenômeno têm se mostrado múltiplas e diversas, abrangendo uma gama de medidas, nos mais diversos níveis: individual, comunitário, governamental. As pessoas se armam e cercam as casas. As comunidades fazem passeatas pedindo paz e o governo procura implementar medidas como a restrição à venda de armas. O tema da segurança é incluído na agenda do dia de muitos organismos e grupos. A Organização das Nações Unidas proclama 2000 como Ano Internacional de uma Cultura de Paz.
Segundo estudo sobre violência e juventude no Brasil, “via de regra, tanto as análises sociais quanto a imagem divulgada pelos meios de comunicação têm privilegiado a adolescência e a juventude como momento de produção da violência, como agressora, destacando seu envolvimento com a delinqüência e a criminalidade, com os tráficos de drogas e armas, com as torcidas organizadas, com os espetáculos musicais nas periferias das grandes metrópoles” (WAISELFISZ, 1998, p. 11). Todavia, existem algumas investigações, como as realizadas pelo UNICEF (1995), por Cecilia Minayo (1994), pela equipe da CLAVES/FIOCRUZ, por Helena Mello Jorge (1998) e Jacobo Waiselfisz (1998), que apontam o jovem como vitima prioritária da violência. Já as pesquisas de Zaluar (1996) mostram estes jovens não apenas enquanto vítimas mas também como algozes.
A violência aparece como um problema ligado à educação, percebido tanto em relação à escola quanto à cultura, e investigando[1] desde a percepção da questão, o estudo de suas causas e manifestações, até a proposição explícita de uma educação para a paz.
Estes debates demonstram que, em