Hamlet e o maneirismo
Período Maneirista
O Período maneirista ocorreu em meados de 1520 a 1600 entre o renascimento e o barroco, na tentativa de fazer uma harmonia entre a espiritualidade medieval e o renascentismo. Tem um perfil de difícil definição, mas em linhas gerais caracterizou-se pela deliberada sofisticação intelectualista, pela valorização da originalidade e das interpretações individuais, pelo dinamismo e complexidade de suas formas, e pelo artificialismo no tratamento dos seus temas, a fim de se conseguir maior emoção, elegância, poder ou tensão. É marcado pela contradição e o conflito e assumiu na vasta área em que se manifestou variadas feições. O maneirismo não delimita um espaço seu mesmo sendo o principal estilo entre 1530 a 1600 não consegue dominar sozinho esse período confundindo-se com a arte barroca, podemos ter exemplos disso nas obras de Rafael e Michelangelo, onde há uma competição entre o expressionismo e o surrealismo maneirista. Conduzidas no século XIX por críticos comoHeinrich, Jacob, esta fase, herdando preconceitos mais antigos, foi carregada com um juízo depreciativo, e maneirista e amaneirada foram qualificativos usados para designar uma arte que era vista como decadente, repulsiva e afetada, que se afastava dos cânones de equilíbrio, harmonia, racionalidade, moderação e clareza consumados na Alta Renascença pela obra de artistas comoRafael Snzioe na primeira fase de Michelangelo.
O maneirismo é visto também entre outros aspectos, como um estilo artístico da aristocracia culta e internacional, já o barroco num dado momento, inicia uma tendência mais popular, mais emocional. Com a propagação da congra-reforma e o com o catolicismo voltando a ser a religião do povo, o barroco triunfa sobre o maneirismo.
Há um momento em que instala-se o relativismo universal, o ceticismo, onde tudo tem dois lados, surge também o capitalismo decorrente da manufatura do comércio contribuindo assim para o surgimento de novas classes sociais