Hamlet resenha
Literatura Universal I – Prof. Fernando Barros
1° Avaliação – Janeiro 2013
Questão: Leia a “apresentação” de Sérgio Paulo Rouanet (página 9 a 47) e o capítulo sobre a melancolia ( página 161 a 180) do livro Origem do drama barroco alemão, Walter Benjamin (tradução de Sérgio Paulo Rouanet, São Paulo, Brasiliense, 1984) e, com base nestas leituras, comente, com exemplos extraídos da obra Hamlet, de William Shakespeare, o seguinte trecho de Walter Benjamin: “O príncipe é o paradigma do melancólico. Nada ilustra melhor a fragilidade da criatura que o fato de que também ele esteja sujeito a essa fragilidade” (BENJAMIN, 1984, p.165).
“O Príncipe é o paradigma do melancólico. Nada ilustra melhor a fragilidade da criatura que o fato de que também ele esteja sujeito a essa fragilidade”, diz Benjamin. A melancolia tem a ver com a imposição de decidir.Enquanto o luteranismo conseguiu instilar no povo o rigor da “obediência ao dever”, desenvolveu nos grandes a enfermidade da melancolia, porque só a eles cabe decidir sobre o destino dos súditos. Personagem central de um enredo que se desenrola no Reino da Dinamarca, Hamlet vive o dilema que o coloca, de um lado, diante da sua posição como Príncipe e, de outro, da sua condição de indivíduo. O que se espera do soberano é que ele seja a encarnação do bem, da virtude. Mas as paixões que o movem impedem que ele assuma o papel que dele se espera. “Ser ou não ser, eis a questão”; a indecisão, síntese do personagem Hamlet e mola propulsora do teatro de Shakespeare, é o fundamento de quase todas as tragédias escritas entre os séculos XVI e XVII. Caracterizadas como tragédias da Renascença, essas peças, como diria o filósofo Walter Benjamin, “superestimam a influência da doutrina aristotélica sobre o drama do período barroco”. Entretanto, apesar de os autores acreditarem que o que estavam escrevendo eram tragédias (no sentido “grego” do termo), o drama do