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Priscila L. Vieira, Daína Drumond, Kênia C. Ferreira, André Talvani*.
A cardiopatia chagásica crônica (CCC) é uma patologia de caráter inflamatório associada à infecção pelo Trypanosoma cruzi afetando 17 milhões de pessoas em toda a América Latina. Durante a fase crônica da doença, 30% dos indivíduos podem desenvolver uma cardiopatia branda ou severa, cujo tratamento segue os padrões terapêuticos para outras cardiopatias. Dentre esta terapêutica, destaca-se os inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA), cuja função vasoditadora mista no leito arterial e venoso propiciam redução da pré- e pós-carga, melhorando o débito cardíaco. Porém, sua via de ação inibe a cininase III, impedindo a degradação de algumas cininas como a Substância P (SP). A SP exerce importante papel na ativação das células do repertório imune, provavelmente, alterando o padrão inflamatório da CCC. O objetivo deste trabalho é avaliar o papel dos IECA e da SP na fisiopatologia chagásica. Animais não infectados foram tratados, por via oral, com doses diárias de IECA (12.5 – 25 – 50 mg/Kg/dia) durante 20 dias. Avaliações histológicas e morfológicas (esfregaço sanguíneo) foram utilizadas para detectar alterações no perfil inflamatório. Na concentração de 12.5 mg/Kg/dia, observou-se um aumento na quantificação de neutrófilos (media 4,2 +- SD 0,37), enquanto demais células não apresentaram alterações em relação ao grupo não tratado (PBS – 0,8 +- 0,58). No entanto, mastócitos em tecido cardíaco não-infectado mostraram-se elevados na concentração de 12,5mg/Kg/dia (17 +- 3,0), em relação ao grupo controle (5,3 +- 0,6). Em paralelo, avaliou-se a animais infectados pelo T. cruzi e a expressão de mastócitos no tecido cardíaco não se mostrou alterado em relação aos animais não-infectados. Baseado nestes resultados preliminares acredita-se que os IECA exercem