Hacad
O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no começo do século XIX. O positivismo defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos. Eles não consideram os conhecimentos ligados às crenças, supertições ou qualquer outro conhecimento que não possa ser comprovado cientificamente. O progresso da humanidade depende exclusivamente dos avanços científicos. Para Auguste Comte, o método positivista consiste na observação dos fenômenos, subordinando a imaginação à observação. Comte sintetizou seu ideal em sete palavras: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático.
Segundo a doutrina proposta por Comte, os conhecimentos científicos passaram ao longo da história por três estados. É a chamada “lei dos três estados”:
1. Estado teológico: é uma base provisória na qual o ser humano atribui as causas dos fenômenos, num primeiro momento, a poderes mágicos ( o “fetichismo”), num segundo momento a deuses (o “politeísmo”) e finalmente, num terceiro momento, a Deus (o “monoteísmo”). O estado teológico corresponde à infância do ser humano.
2. Estado metafísico: nesse estado o homem continua a procurar as causas do mundo material, atribuindo-as já não a Deus, mas a entidades abstratas reunidas sob o conceito da natureza.
3. Estado positivo: o ser humano limita-se a observar os fatos; em vez de imaginar as causas limita-se a observar as leis.
O positivismo teve fortes influências no Brasil, tendo como sua representação máxima, o emprego da frase positivista “Ordem e Progresso”, extraída da fórmula máxima do Positivismo: “O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim”, em plena bandeira brasileira. A frase tenta passar a imagem de que cada coisa em seu devido lugar conduziria para a perfeita orientação ética da vida social.