Gênese do filicidio
Gênese do Filicídio
O mito é uma história fantasiosa contada com o intuito de analisar fatos que ocorrem na realidade, ou seja, assuntos que estão ligados a história da humanidade, e que se perpetuam, são retratados por mitos para assim fazermos uma analise própria sobre o comportamento. Por exemplo: o mito de Édipo Rei, que Freud analisou e resgatou da antiga Grécia para a modernidade, e se observarmos o nosso dia-dia encontraremos a analise do mito em nossa cultura. E Rubens Hirsel Bergel diz que a cultura é a genética da sociedade.
Assim como o mito existe outro fenômeno que está inteiramente ligado ao ser humano. É o fenômeno da Cartase. Um pouco de história para aprofundamento: no sentido original, o termo kátharsis surge no século 8 a.C., na Odisséia de Homero. Para Hipócrates, o termo aludia à limpeza, e em Platão, inclui conotação moral de “alivio da alma”. (p. 31)
Voltemos no Édipo Rei. Segundo Freud, quando este analisou o mito, desejamos nossa mãe quando somos crianças, temos o pai como inimigo, mas observando que este conquista a mãe queremos ser seu aliado (é basicamente isso). Quando lemos a obra de Shakespeare ou lemos o mito obtemos a cartase. Para que nunca leu esses, basta observar em qualquer outro contexto literário, se pensarmos no cinema hollywoodiano, quando vemos o bandido que faz todas as perversidades possíveis, e no fim acaba sofrendo algum tipo de violência, torcemos e ficamos felizes por isso, é como se nós mesmos estivéssemos dentro do filme. Aqui transferimos o sentimento maldoso para a cena, pois raramente faríamos isso na vida real, como sugere Bergel, quando é feita a denuncia, acontecida a cartase, aliviada a mente pelo exorcismo da maldade localizada no outro, a vida pode prosseguir intocada. (p. 31)
Ele traz a catarse para o curioso e assustador caso de Isabella Nardoni, para ele nós nos identificamos com o