Gêneros textuais
GÊNEROS TEXTUAIS
Texto: por: Vânia Maria do Nascimento Duarte
A carta pessoal
A linguagem varia de acordo com o nível de intimidade entre remetente e destinatário
Falar sobre o uso recorrente deste gênero textual, aqui representado pela carta, parece um tanto quanto retrógrado, posto que os recursos tecnológicos proporcionaram mudanças significativas no modo de ser e agir de grande parte das pessoas.
Tempos atrás, a carta e o telegrama eram os únicos meios de comunicação escrita. Atualmente, a tecnologia permite que as pessoas, mesmo residindo em lugares distintos, interajam pelos inúmeros sites de relacionamento, dialogando em tempo real, como se estivessem frente a frente.
Entretanto, torna-se essencial mencionarmos que a “era digital”, por motivos socioeconômicos, não atingiu toda a população. Há, portanto, quem ainda faça uso da carta para se corresponder com amigos e familiares que se encontram fora do convívio diário. Sem contar que, a carta, por se classificar dentre os inúmeros gêneros com os quais compartilhamos no nosso dia a dia, está entre os conteúdos relacionados aos diversos processos avaliativos, ora representados pelos exames de vestibulares e concursos públicos.
Assim sendo, ela se classifica como um gênero textual especificamente utilizado na comunicação entre pessoas que mantêm um vínculo de relacionamento, cuja finalidade discursiva pode pautar-se por objetivos diversos – fazer um convite, atribuir agradecimentos, trocar notícias entre os interlocutores envolvidos, relatar sobre um passeio, dentre outros.
Quanto aos aspectos de natureza linguística, a carta pessoal, assim como bem retrata a própria nomenclatura, se difere das demais correspondências em que prevalece um certo tecnicismo mediante regras pré-estabelecidas, como por exemplo, a carta argumentativa, a de apresentação e as demais correspondências oficiais.