Gêneros textuais
Gêneros textuais: o que são? Para que serve?
Para Ingedore Villaça Koch e Vanda Maria Elias, todos nós falantes/ouvintes, escritores/leitores, construímos ao longo de nossa existência, uma competência metagenérica, que diz respeito ao conhecimento de gêneros textuais, sua caracterização e função. É essa competência que nos propicia a escolha adequada do que produzir textualmente nas situações comunicativas de que participamos.
Para elas o contato com os textos da vida cotidiana, como anúncios, avisos de toda a ordem, artigos de jornais, catálogos, receitas médicas, prospectos, guias turísticos, manuais, etc., exercita a nossa capacidade metatextual, que vai nos orientar quando da construção e intelecção de texto.
Dessa forma, todas as nossas produções, quer orais, quer escritas, se baseiam em formas-padrão relativamente estáveis de estruturação de um todo a que denominamos gêneros. Longe de serem naturais ou resultado da ação de um indivíduo, essas praticas comunicativas são modeladas/remodeladas em processos interacionais dos quais participam os sujeitos de uma determinada cultura.
Elas citam a afirmação do autor BAKHTIN, que distingue os gêneros primários dos secundários. Enquanto os primeiros (diálogo, carta, situações de interação face a face) são constituídos em situações de comunicação ligadas a esferas sociais cotidianas de relação humana, os segundos são relacionados a outras esferas, públicas e mais complexas, de interação social. Estes se formam a partir dos gêneros primários, absorvendo-os e transmutando-os, e apresentam-se frequentemente de forma escrita.
Gêneros textuais em perspectiva atual
Ressaltam que recentemente incorporados à agenda de trabalho de muitos pesquisadores situados no campo da Línguistica Textual, os estudos sobre os gêneros textuais vêm contribuindo