"Gêneros Textuais e Ensino" DIONÍSIO, Ângela - Resenha do Primeiro Capítulo
Resumo do Primeiro Capítulo
Os gêneros textuais são fenômenos históricos, que estão vinculados à vida cultural e social. Estes estão de acordo com a cultura da qual fazem parte e são caracterizados pelas funções comunicativas, cognitivas e institucionais, mais do que pela lingüística e por sua estrutura.
Para os gêneros textuais, predominam os critérios de ação prática, circulação sócio-histórica, funcionalidade, conteúdo temático, estilo e composicionalidade. Eles não são considerados entidades formais, e sim, entidades comunicativas, também formas verbais de ação social.
Quando falamos de gênero textual, logo pensamos na literatura, só que estes não representam somente a parte literária, são artefatos culturais que foram construídos pelo homem.
Com o surgimento de uma fase que chamamos de “cultura eletrônica”, surgiram vários outros gêneros e maneiras de comunicação (tanto oral como escrita), como por exemplo, o rádio, a televisão, a internet... Surgem também novas formas discursivas: videoconferência, reportagem ao vivo, editorias etc.
A inovação e a modernidade modificaram também os gêneros: a carta, por exemplo, se renovou e surgiu o e-mail. Conforme vão surgindo as transformações, isso faz com que a oralidade fique cada vez mais diferente da escrita. De qualquer forma, a comunicação verbal só é possível por meio de algum gênero textual.
“Tipo textual” é o nome dado à uma sequência teórica que é definida pela natureza lingüística.
O domínio discursivo é algo que não pode ser considerado nem texto nem discurso.
O discurso pode ser jurídico, religioso, jornalístico etc. Este não abrange um gênero em parte, mas dá origem a vários outros.
Podemos utilizar como exemplo a novena, que é um gênero exclusivo do domínio religioso e não surge em outro domínio discursivo.
Para compreender exatamente o que é discurso, devemos diferenciar texto de discurso. Este último apenas se realiza nos textos.