Gêneros textuais no ensino de lingua
O texto “Gêneros Textuais no Ensino de Língua” faz parte da obra Produção Textual, análise de gêneros e compreensão de MARCUSCHI (2008). Luiz Antônio Marcuschi possui doutorado em filosofia da linguagem (1976) e pós-doutorado em questões de oralidade e escrita (1987), ambos realizados na Alemanha. É professor titular em linguística do Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco. Na UFPE, criou o Núcleo de Estudos Linguísticos da Fala e Escrita (NELFE). É pesquisador IA do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e foi, por várias vezes, representante de área tanto no CNPq quanto na CAPES. Foi um dos fundadores da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (ANPOLL) e seu presidente de 1988 a 1990. Tem várias publicações, muitas delas explorando temas pioneiros na área da linguística como gêneros textuais e ensino. MARCUSCHI (2008) inicia o seu texto abordando os estudos de gêneros textuais desde o seu surgimento com Aristóteles e nas diversas perspectivas teóricas de autores como Bakhtin, Schneuwly/Dolz, Bronckart, Swales, Bhatia, Halliday, Adam, Bazerman, Miller, Fairclough e Kress ao longo da história. A mescla de gêneros na qual um gênero assume a função do outro é nomeada por ele como “intergenericidade”. A dessemelhança do gênero textual ao tipo textual e ao domínio discursivo está relacionada à noção de reflexão inacabada do suporte do gênero. Então, o autor apresenta uma divisão entre suportes de tipo convencional (elaborados no intuito de portarem ou fixarem textos como livro, revista, jornal, televisão, etc.) e incidental (são os ocasionais como embalagens, para-choques de caminhão, muros, fachadas, etc.), e serviços em função da atividade comunicativa (não são considerados suportes, mas serviços como correios, e-mails, internet), lembrando também que tais conceitos ainda possuem lacunas e precisam ser aprofundados. São apresentados diversas