Gêmeos e Clones
Cientistas "renegados" anunciaram recentemente que estão prontos para oferecer serviços particulares de clonagem de seres humanos, apesar da proibição formal para esse tipo de pesquisa imposta por muitos governos. A clonagem é a produção de um indivíduo geneticamente idêntico a outro, através da inserção do genoma completo de uma célula adulta em um óvulo, e posteriormente seu desenvolvimento em uma "barriga de aluguel". A ovelha Dolly, foi o primeiro (e mundialmente famoso) clone de um mamífero adulto, obtido por um instituto de pesquisa do Reino Unido, em 1998. Depois da Dolly, clones de vários outras espécies animais foram obtidas. Portanto, é apenas uma questão de tempo até que a ciência consiga clonar um ser humano. Os obstáculos são mais de natureza moral e ética do que tecnológica científica.
Com a notícia, imediatamente a imprensa começou o estardalhaço habitual sobre as conseqüências supostamente sinistras dessa nova possibilidade, e a avalanche de especulações sem nenhum fundamento científico. A respeitada revista Time, por exemplo, escreveu que "se for possível fazer um clone de uma pessoa, então também será possível fazer centenas de cópias". Sandice. Quem iria arranjar centenas de mães interessadas em gestar e parir cópias de uma mesma pessoa? Só se elas forem presas e obrigadas pelo Sadam Hussein ou algum outro ditador psicopata.
O que é clonagem?
A clonagem funciona da seguinte maneira: os cientistas pegam um óvulo de uma mulher doadora, e retiram o seu núcleo através de uma micro-cirurgia. O núcleo contém metade de todo o material genético (DNA), que programa o desenvolvimento posterior do embrião. A outra metade viria do espermatozóide que fecundaria o óvulo.
Em seguida, os cientistas inserem um núcleo retirado de uma célula adulta da pessoa que querem clonar. Essa célula é diplóide, ou seja, tem o conjunto completo de cromossomas e genes. Através de um choque elétrico