gustavo capanema
Marco da arquitetura moderna no Brasil, o edifício do Ministério da Educação e Saúde (atual Palácio Gustavo Capanema), no Rio de Janeiro, é o resultado do trabalho de um grupo arquitetos liderados por Lucio Costa (1902 - 1998), e do qual participam Affonso Eduardo Reidy (1909 - 1964), Carlos Leão (1906 - 1983), Jorge Moreira (1904 - 1992) , Ernani Vasconcellos (1909 - 1988) e Oscar Niemeyer (1907 - 2012), todos afinados com as linhas mestras do racionalismo arquitetônico e conhecedores da obra de Le Corbusier (1887 - 1965). Pintor e escultor, além de arquiteto e urbanista, Le Corbusier está entre os expoentes da arquitetura moderna que se dissemina nas primeiras décadas do século XX por todo o mundo. O artista tem intensa participação nos debates sobre as artes visuais, sobretudo em função da revista L'esprit Nouveau (1920 - 1925) e o purismo, defendido no manifesto Après le Cubisme (1918). Mas são os ensaios reunidos em Vers Une Architecture (1923) que lhe conferem reconhecimento na cena internacional, entre 1920 e 1960, como formulador dos princípios da nova arquitetura ancorada no plano racional e na funcionalidade. Os cinco elementos que definem o programa arquitetônico corbusiano são: os pilotis, a planta livre, o terraço-jardim, a fachada livre e as janelas horizontais. Os princípios centrais do seu método de trabalho e de sua filosofia urbanística - o uso racional dos materiais, métodos econômicos de construção, linguagem formal sem ornamentos e diálogo sistemático com a tecnologia industrial - terão influência na arquitetura moderna brasileira.
A origem do edifício remonta ao concurso para anteprojetos da nova sede do ministério, em 1935, cujos vencedores são Archimedes Memória (1893 - 1960) e Francisque Cuchet, com um projeto marcado pela ornamentação marajoara. O ministro Gustavo Capanema (1901-1985) premia o projeto, mas não o executa, chamando Lucio Costa para formular outro plano. Sejam quais tenham sido as razões para a