GUILIAN BARRE
A síndrome de Guillain-Barré (SGB) conhecida como uma paralisia motora ascendente aguda, é uma polirradiculoneuropatia inflamatória auto-limitada, na maioria das vezes do tipo desmielinizante, de origem imunológica, freqüentemente pós-infeccioso que acomete preferencialmente o sistema nervoso periférico (ENGEL, C.L, 2008).
ETIOLOGIA:
A causa da SBG ainda não é conhecida. Em muitos casos foi possível identificar uma infecção virótica respiratória ou gastrointestinal, imunização ou cirurgia precedendo os sintomas neurológicos em 5 dias a 3 semanas (ROWLAND e LEWIS, 2002).
FISIOPATOLOGIA:
Após o processo infeccioso o organismo produz anticorpos que agridem as bainhas de mielina. Caracterizada pela presença de inflamação, desmielinização, degeneração axonal (macrófagos fagocitam a bainha de mielina e causam destruição axonal), restrita ao sistema nervoso periférico.
INCIDÊNCIA:
A SGB apresenta uma incidência de 0,6 a 1,9 casos por 100.000 habitantes. Apesar de ocorrer em qualquer idade e igualmente em ambos os sexos, a incidência da SGB aumenta gradualmente com a idade.
EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO:
Os sintomas geralmente são mais graves na primeira semana podendo evoluir até a terceira ou mais. A morte raramente ocorre, podendo sobrevir após pneumonias por aspiração, embolia pulmonar, infecção intercorrente ou disfunção autonômica (figura 4) (ROWLAND e LEWIS, 2002).
QUADRO CLINICO:
· Sensação de parestesias nas extremidades distais dos membros inferiores e, em seguida, superiores.
· Dor neuropática lombar ou nas pernas pode ser vista em pelo menos 50% dos casos.
· Fraqueza progressiva é o sinal mais perceptível ao paciente, ocorrendo geralmente nesta ordem: membros inferiores, braços, tronco, cabeça e pescoço. A intensidade pode variar desde fraqueza leve, que sequer motiva a busca por atendimento médico em nível primário, até tetraplegia completa com necessidade de ventilação