Guilherme de Ockham

Guilherme de Ockham

Guilherme de Ockham foi um frade franciscano escolástico inglês. Nasceu em 1280, em Ockham, e faleceu em 9 de abril de 1347 em Munique, devido a peste negra. Ockham entrou para a Ordem Franciscana jovem, foi educado em Londres, passando depois para Oxford. Não completou seus estudos lá, mas foi nesse período e nos anos seguintes que escreveu a maioria de suas obras filosóficas e teológicas.
Suas ideias se converteram em objeto de controvérsia, e assim foi convocado a Avignon no ano de 1324 pelo papa João XXII. Foi acusado de heresia, e teve de passar quatro anos lá, submetido a prisão domiciliar, enquanto suas obras eram analisadas. Nos últimos anos, contudo, alguns pesquisadores questionam essas informações. Segundo eles, Ockham deve ter sido enviado a Avignon em 1324, para ensinar filosofia. Ali, ganhou inimigos entre os rivais de vida acadêmica, especialmente os seguidores de são Tomás de Aquino, alguns dos quais acusaram o filósofo de ensinar heresias. Ockham teria sido convocado pelo papa em 1327, mas o processo parece não ter prosseguido.
Algum tempo depois, depois de estudar a controvérsia entre o papado e os franciscanos sobre a doutrina da pobreza apostólica, Ockham concluiu que o papa João XXII era um herético, posição que defendeu em sua obra. Assim, Ockham e outros frades franciscanos fugiram de Avignon em 26 de maio de 1328, dirigindo-se a Pisa, na Itália, e conseguiram a proteção do imperador Luís 4º, da Baviera. Depois de sua fuga, Ockham foi excomungado, mas sua filosofia nunca foi oficialmente condenada. Ele passou o resto de sua vida escrevendo e se converteu no líder de um pequeno grupo de franciscanos dissidentes.
Escreveu vários ensaios sobre as Sententiarum Libri (Sentenças) do teólogo Pedro Lombardo. Sua obra mais famosa é Ordinatio, que discorria que todo conhecimento racional tem base na lógica, de acordo com os dados proporcionados pelos sentidos. Uma vez que só conhecemos entidades palpáveis, concretas, os