Guerra Pacífico - Chile, Peru e Bolívia
A Guerra do Pacífico foi um conflito ocorrido entre 1879 e 1883, confrontando o Chile às forças conjuntas da Bolívia e do Peru. Ao final da guerra, o Chile anexou ricas áreas em recursos naturais de ambos os países derrotados. O Peru perdeu a província de Tarapacá e a Bolívia teve de ceder a província de Antofagasta, ficando sem saída soberana para o mar, o que se tornou uma área de fricção na América, chegando até os dias atuais, e que é para a Bolívia uma questão nacional (a recuperação do acesso ao oceano Pacífico consta como um objetivo nacional boliviano em sua atual constituição).
Origens
Originada nas desavenças entre Chile e Bolívia em uma disputa pelo controle de jazidas de nitrato, incluindo salitre e guano, no norte do deserto do Atacama, na costa do Pacífico. O Chile operava os campos de exploração, em territórios peruanos e bolivianos, com capital britânico. O aumento de taxas sobre a exploração mineral logo se transformou numa disputa comercial, crise diplomática e por fim, guerra.
Controle dos recursos naturais
A geografia e o clima da região facilitaram o acúmulo de grandes quantidades de nitratos. A descoberta, durante a década de 1840, de que estes recursos serviam como fertilizantes e podiam ser usados na fabricação de explosivos tornou a área ainda mais disputada, uma vez que o guano e o nitrato dele extraído tinham bons preços no mercado internacional.
Os olhos do mundo se voltaram para a região, e logo diversas potências mundiais se viram em conflito, rivalizando o controle da região.
Disputas de fronteiras
Havia muitas controvérsias acerca dos reais limites entre os países depois da descolonização. O Chile tinha uma economia mais robusta e instituições mais fortes que a maioria dos outros países latino-americanos. No entanto, quando dada a proclamação da Bolívia por Simón Bolívar, este deixou claro que a Bolívia herdara dos espanhóis uma saída soberana para o mar.
Somente em 1866 foi assinado um tratado