GUERRA FRIA E REVOLUÇÃO: OS ESTADOS UNIDOS E A ESQUERDA REJEITAM A DEMOCRACIA
Com o fim da Segunda Guerra Mundial os países latino-americanos passaram por uma onda de revoluções, onde houve a queda de diversos regimes ditatoriais brutais, fortalecimento dos movimentos sindicais e crescimento dos partidos de esquerda. Muitos países conquistaram uma relativa democratização, conseguindo realizar eleições livres por sufrágios consideravelmente abertos para os padrões da época. Apesar do crescimento dos movimentos sindicais, os proprietários de terras da América Latina não haviam se enfraquecido tanto quanto os europeus, dessa maneira puderam ter um posição de destaque frente a esses movimentos.
Os países latino-americanos já apresentavam tendências anticomunistas desde a investida da Terceira Internacional Comunista de Lênin, dessa maneira sua tendência foi o alinhamento com os Estados Unidos durante os conflitos ideológicos. No entanto, a insurgência de regimes com caráter mais sociais, mesmo que sem relações com o comunismo, foram vistas com maus olhos pelo governo norte-americano. Para garantir a sua zona de influência e impedir a propagação dos ideias socialistas, os americanos abandonaram a sua política de boa vizinhança e passaram a arquitetar políticas e apoio a golpes contra governos que representavam uma ameaça a sua ideologia, principalmente na Bacia do Caribe.
A primeira intervenção americana em sua empreitada contra o comunismo na América Latina se deu na Guatemala, em 1954. A Guatemala experimentava um período de grande prosperidade e democracia, iniciada no governo de Juan José Arévalo. Seu sucessor, Jacobo Arenz, assumiu com a