Guerra dos mascates
Até o final do século XVII, Olinda era a principal cidade de Pernambuco. Nela moravam ricos senhores de engenho, que por muito tempo pensaram que sua fortuna nunca acabaria. Mas foi exatamente isso que aconteceu, devido à queda do preço do açúcar no mercado europeu causada pela concorrência do açúcar.
Com a queda dos preços do açúcar, os senhores de engenho de Olinda começaram a pedir dinheiro emprestado aos comerciantes do povoado do Recife, que cobravam juros altos pelo empréstimo. Enquanto os comerciantes do Recife progrediam em seus negócios, os senhores de engenho ficavam cada vez mais pobres e endividados.
Aos poucos, foram surgindo ódios e conflitos entre eles. Em tom de provocação, os senhores de engenho apelidaram os comerciantes de mascates.
Conscientes de sua importância, os comerciantes pediram ao rei de Portugal D.João V, que seu povoado fosse elevado à categoria de vila. Queriam ver Recife independente de Olinda, sem ter de pagar-lhe impostos ou obedecer a suas ordens.
D.João V atendeu ao pedido dos comerciantes que ergueram um pelourinho no centro de Recife isso significava que a partir daí eles podiam ter sua própria Câmera Municipal, mas os senhores de engenho não aceitaram a sua decisão. Organizaram uma rebelião e liderados pelo proprietário de engenho Bernardo Vieira de Melo e Leonardo Bezerra Cavalcanti, invadiram Recife e demoliram o Pelourinho (coluna de pedra símbolo da independência de Recife). Sem condições de resistir, os comerciantes mais ricos fugiram para não serem capturados. Esse luta em 1710 ficou conhecida como guerra dos mascates e somente após a intervenção das autoridades coloniais é que as lutas foram suspensas e em 1711, Recife finalmente conseguiu sua igualdade perante Olinda. O governo português interveio na região, reprimindo duramente os revoltosos. Bernardo Vieira de Melo e outros lideres foram presos e condenados ao exílio. Os mascates reassumiram suas posições, e Recife