Guerra dos 100 anos
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Guerra dos Cem Anos
Guerra dos Cem Anos
Pintura romântica de Joana D'Arc na Batalha de Orléans.
Data
1337 – 1453
Local
Primeiramente França e Países Baixos
Desfecho
Vitória francesa decisiva e consolidação da Monarquia na França
Mudanças A Casa de Valois garante o controle de toda a França, menos Pale de Calais territoriais Combatentes
Inglaterra
Borgonha
França
Escócia
A expressão Guerra dos Cem Anos, surgida em meados do século XIV, identifica uma série de conflitos armados, registrados de forma intermitente, durante o século XIV e o século XV (de 1337 a 1453, concordando com as datas convencionais), envolvendo a França e a Inglaterra. Embora a guerra tenha durado 116 anos o tempo foi arredondado para 100. A longa duração desse conflito explica-se pelo grande poderio dos ingleses de um lado e a obstinada resistência francesa do outro. Ela foi a primeira grande guerra europeia que provocou profundas transformações na vida econômica, social e política da Europa Ocidental. A França foi apoiada pela Escócia, Boêmia, Castela e Papado de Avinhão. A Inglaterra teve por aliados os flamengos, alemães e portugueses. A questão dinástica que desencadeou a chamada Guerra dos Cem Anos ultrapassou o caráter feudal das rivalidades político-militares da Idade Média e marcou o teor dos futuros confrontos entre as grandes monarquias europeias.
Guerra dos Cem Anos
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O Reino da França
No início do século XIV, o reino da França, drenado por grandes bacias fluviais e desfrutando de um clima favorável para a agricultura, estava florecendo, com seus 17 milhões de habitantes,[1][2] a primeira potência em termos demográficos da Europa. A sociedade agrícola baseia-se em um sistema feudal e religioso muito hierarquizado. A produção agrícola é capaz de alimentar a população (não havia mais fome desde o século XII[3]) e necessita da nobreza para defender a terra.[4] O clero desempenha um importante papel