Guerra do paraguai
Em 1865 teve início a mais longa e sangrenta das guerras ocorridas na América do Sul - a Guerra do Paraguai, entre a aliança formada pelo Brasil, Argentina e Uruguai (apoiados financeiramente pela Inglaterra) e o Paraguai.
O Brasil e a Argentina eram os dois países mais poderosos, que possuíam interesses na bacia do Prata, e viam no Uruguai um ponto muito sério de atrito.
A situação da guerra civil uruguaia entre blancos (apoiados pela Argentina) e colorados (apoiados pelo Brasil), que vinha se arrastando desde 1850, despertou profundas preocupações no Paraguai.
Do ponto de vista paraguaio, a independência do Uruguai era a melhor garantia para manter livre o trânsito no estuário do Prata. Qualquer outra solução punha em risco a única saída do Paraguai para o mar, o que seria intolerável.
Com a intervenção do império brasileiro em favor de Venâncio Flores, chefe colorado no Uruguai, verificamos um desequilíbrio de forças no Prata, alarmando o Paraguai, que se sentiu diretamente ameaçado pelo império brasileiro. Em represália, no dia 11 de novembro de 1864, Solano López ordenou que fosse apreendido, no rio Paraguai, o navio brasileiro Marquês de Olinda, que conduzia o presidente da província de Mato Grosso, fazendo-o prisioneiro. Sem perda de tempo, as relações com o Brasil foram rompidas e, em seguida, o Mato Grosso foi invadido. Em março de 1865 as tropas de Solano López penetraram em Corrientes (Argentina), visando o Rio Grande do Sul e o Uruguai.
A firme e fulminante iniciativa de López, procurando o rápido domínio do sul de Mato Grosso, de Corrientes, do Rio Grande do Sul e do Uruguai, mostrou que o ditador paraguaio tinha um plano prévio e definido. Esse projeto era o de transformar o Paraguai numa potência continental hegemônica - o Paraguai Maior - que teria por base o território das antigas missões jesuíticas.
Além disso, a pronta mobilização de sessenta e quatro mil homens contra os dezoito mil do Brasil e os mil do Uruguai,