GUERRA DO LÍBANO
Em 1934 a França impõe aos cristãos (maronitas) e muçulmanos (drusos, sunitas e xiitas) um acordo verbal pelo qual cada grupo teria uma parcela do poder correspondente à sua força numérica. A superioridade maronita no poder é conseqüência de recenseamento manipulado pela França para garantir a maior parcela às forças políticas direitistas, de cultura e fala francesa.
As tensões entre as comunidades se intensificam com o aumento populacional dos muçulmanos, que passam a reivindicar maior participação no poder, e com a presença maciça de guerrilheiros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), expulsos da Jordânia em 1970, que passam a interferir nas disputas internas libanesas. Em abril de 1975, em conseqüência de um atentado de militantes do Partido Falangista (cristão) a um ônibus em que viajavam palestinos e libaneses muçulmanos, começa a guerra civil. Os principais protagonistas são falangistas, chefiados pelo maronita Pierre Gemayel, e o Partido Socialista Progressista, chefiado pelo druso Kamal Jumblat. Em junho de 1976, a Síria intervém militarmente para garantir o governo do cristão conservador Elias Sarkis. Um armistício é assinado no final do ano, sob o patrocínio de vários governos árabes. Tropas sírias permanecem no Líbano. O cessar-fogo não é respeitado e a luta irrompe novamente em fevereiro de 1977, entre palestinos e falangistas, que, apoiados por tropas de Israel, ocupam posições no sul do país. Com a disseminação da luta entre os diferentes grupos políticos e religiosos, o Líbano se transforma num mosaico de milícias.
Invasão israelense – Em abril de 1982, Israel invade o Líbano para expulsar a OLP de Beirute. Tropas israelenses e sírias travam combates no vale de Bekaa. O Exército de Israel cerca Beirute e bombardeia a cidade. Em 1o de agosto, a OLP se retira. Seis dias depois, o presidente libanês, Bashir Gemayel, um cristão maronita, é assassinado. Em represália, tropas israelenses ocupam os bairros muçulmanos