GUERRA DO FOGO
CONTO, ESCONDE MUITOS PONTOS.
Profa. Elizabeth Farias da Silva –UFSC lizbet@uol.com.br Palavras-chave: Cinema. Processo de humanização. Ciência. Verdade. Eurocentrismo.
“On est tout le temps em quête d´équilibre. C´est cela qui fait la condition humaine, car les animaux, eux, sont equilibrés. S´ils ne sont pas equilibres, Ils meurent. Le monde humain est em recherche constant: c´est certainement ce qui fait as diffilcuté – et sa grandeur” (CYRULNIK, 2012)
Introdução
O cinema é uma forma de apresentação-representação. Uma peculiaridade do processo e dinâmica da emergência de nossa “humanidade” é a capacidade de engendrar e interpretar representação. Na apresentação-representação elaboramos comunicação. Para compreendermos representação é fulcral a constituição do ser social. Na socialização somos constituídos e nos constituímos como indivíduos. É na trajetória de relação e interação sociais que perpetramos o entrelaçamento do princípio de realidade, simbólico e imaginário. Como indivíduos adquirimos “visões de mundo”. “Visões de mundo” podem resultar em “dialogia”, isto é, diálogo entre duas lógicas distintas mas no mesmo patamar de relações sociais, ou fabricam “ideologias”, isto é, idéias transformadas em ações e relações sociais pautadas no
“domínio-poder”, estes por sua vez estão em retroalimentação com interesses de grupos econômicos, de prestígio, de gênero, de etnias ou mesmo países.Apresentações-representações podem se comunicar via
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sons, articulados com significados para outrem; imagens fixas, alfabeto, pinturas, fotografias; imagens em movimento. O cinema açambarca ou pode açambarcar todas as modalidades de apresentaçãorepresentação. O cinema pode “jogar” um jogo com o presente, o passado, o futuro. Com a vida, com a morte. Com nossas origens. Em sala de aula, o filme “Guerra do fogo”, no original “Quest of fire”(1981), uma produção canadense, francesa e dos Estados Unidos, dirigido por