Guerra do Boeres
A Primeira Guerra dos Bôeres foi travada entre 1880 e 1881 e garantiu a independência da república bôer do Transvaal com relação à Grã-Bretanha.1Contudo, a trégua não iria durar muito.1 Em outubro de 1899, o constante aumento da pressão militar e política britânica incitou o presidente do Transvaal Paul Kruger a dar um ultimato exigindo garantia da independência da república e cessação da crescente presença militar britânica nas colônias do Cabo e de Natal.1 Tal atitude foi tomada como inaceitável pelos britânicos, dando início à Segunda Guerra dos Bôeres,1 travada entre 1899 e 1902, levando à criação da União Sul-Africana através da anexação das repúblicas boeres do Transvaal e do Estado Livre de Orange às colônias britânica do Cabo e de Natal.
A Europa estava em momento de Revolução Industrial e por isso estava em processo de aumento na produção da indústria bélica, facilitando sua vitória na segunda guerra dos boers.
O cerne do conflito está na gradual expansão britânica pelo sul do continente africano, em territórios previamente ocupados por descendentes de antigos colonos holandeses. Ao contrário da maioria dos outros entrepostos da Companhia das Índias Orientais Holandesa, colonos estabeleceram-se naquela parte do globo (holandeses em maioria, mas não a totalidade do grupo, que incluía ainda franceses, alemães e outros grupos étnicos). Tais colonos tinham como objetivo real ocupar e habitar as áreas em que residiam, diferentemente de muitos outros pontos do império holandês, e mesmo da colônia do Cabo, que eram praticamente meros entrepostos onde os indivíduos