Guerra das malvinas - ri
Segundo John J. Mearsheimer e sua teoria do Realismo Ofensivo, os Estados, principais atores do Sistema Internacional, objetivam sempre a maximização do seu poder mundial. Raramente as grandes potências estão satisfeitas com a distribuição de poder, o que leva a uma constante competição entre países usando inclusive da força para alterar a balança de poder a seu favor. Essa teoria pode explicar a existência do fenômeno guerra. Em meio a esta competição natural ocorreu a guerra das Malvinas de 1982, onde a Argentina tentou, através do uso da força, reaver essas ilhas que estavam sob domínio britânico desde 1833.
O objeto de estudo deste trabalho é analisar a execução de tarefas e atividades logísticas dos exércitos argentinos e ingleses e analisar se a teoria do “poder parador das águas” de Mearsheimer impactou no resultado da guerra.
Palavras-chave: Guerra das Malvinas; Realismo Ofensivo; John J. Mearsheimer; Poder parador das águas; Falkland Islands.
De acordo com a teoria do Realismo Ofensivo de Mearsheimer, o Sistema Internacional é anárquico e é ele que molda o comportamento dos atores. Os Estados são racionais e têm como objetivo primário a busca pela sobrevivência. (MEARSHEIMER, 2001, p.27). O poderio militar é a fonte principal de poder e só através deste, um Estado pode vir a se tornar uma hegemonia. A partir disto, os Estados com capacidade de se tornarem hegemônicos são os mais perigosos no Sistema Internacional pelo fato de possuírem um poder muito grande em relação aos outros atores. Suas ações e decisões acabam determinando o comportamento dos estados menores (MEARSHEIMER, 2001, p.22). Desta forma, a melhor maneira de um Estado garantir a sua segurança é se tornando uma hegemonia global e assim maximizar o seu poder. Para o autor, existem duas formas de poder: o poder concreto e o poder potencial. O poder concreto é aquele que se manifesta nas forças terrestres, que são as