Guerra da Iugoslavia
A Iugoslávia surgiu com a união de três povos em 1918: eslovenos, croatas e sérvios. Passou a usar esse nome a partir de 1929. Durante a Segunda Guerra Mundial, esteve invadida pela Alemanha, mas os guerrilheiros resistentes os expulsaram em 1944, e, em 1945, o país se torna socialista.
Para aplacar o nacionalismo entre as diversas etnias da Iugoslávia, Josip Broz Tito dividiu o país em seis repúblicas federadas (Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro e Macedônia), mas com predomínio sérvio do governo federal. As regiões de Kosovo (com 90% de albanases) e da Voivódina (com 66% de húngaros) permaneceram integradas à Sérvia, mas a partir de 1974 suas etnias ganharam uma considerável autonomia.
Nos anos que se seguiram à guerra, o governo socialista do Marechal Tito se caracterizou por certo distanciamento de Moscou (não participava do Comecom ou do Pacto de Varsóvia) e pela criação de um governo rotativo colegiado, em que representantes de cada república se revezavam no poder.
2. Iugoslávia
A ex-República Socialista Federativa da Iugoslávia desintegrou-se pela guerra civil étnica desencadeada nos princípios da década de 1990. As várias etnias que a compõem (sérvios, croatas, eslovênios, montenegrinos, albaneses e macedônicos), a partir do colapso do socialismo, retomaram as antigas guerras tribais que tanto devastaram a região, aquela esquina do mundo, onde, no passado, interesses em coflito das grandes potência imperais (da Áustria, da Rússia, da Turquia otomana) se encontravam, acirrando o ódio das populações locais, umas contra as outras. Quando todos analistas pensavam que as velhas rivalidades e antigos ódios estivessem acabados por mais de quarenta anos de convívio de paz sob um regime comum (o comunismo não-stalinista de Tito), eis que os fantasmas vingativos, resolveram reaparecer para uma mortífero acerto de contas entre as diversas tribos balcânicas, banhando as montanhas, os vales e as cidades