Guerra Civil
Não há uma relação entre a Guerra Civil Americana (1861-1865) e o início da obra missionária protestante no Brasil. O que houve foi uma relação entre a guerra e a continuação posterior dessa obra.
1. Primórdios O primeiro trabalho missionário empreendido por norte-americanos no Brasil foi a pequena missão metodista que atuou no Rio de Janeiro entre 1835 e 1841, tendo como obreiros os Revs. Fountain Pitts, Justin Spaulding e especialmente Daniel Parish Kidder, autor do livro Reminiscências de viagens e permanência no Brasil. Devido a uma série de dificuldades, esse trabalho foi abandonado e não deixou frutos permanentes. A seguir, em 1855, vieram para o Brasil o pastor escocês Robert Reid Kalley e sua esposa Sarah Poulton Kalley. Esse missionário contou com a colaboração de pessoas vindas das igrejas portuguesas de Springfield e Jacksonville, em Illinois, nos Estados Unidos, muitas das quais haviam sido suas ovelhas na Ilha da Madeira. Em 1858, Kalley fundou a primeira igreja protestante brasileira – a Igreja Evangélica Fluminense (congregacional). Finalmente, em 1859 chegou ao Rio de Janeiro o Rev. Ashbel Green Simonton, para dar início à obra presbiteriana no Brasil. No ano seguinte, veio o seu colega e cunhado Alexander Latimer Blackford, o implantador do presbiterianismo em São Paulo. Todos esses esforços pioneiros foram anteriores à Guerra Civil, não tendo, portanto, relação com a mesma.
2. Impulso inicial De onde veio o ímpeto missionário desde pioneiros? Principalmente dos grandes avivamentos ocorridos nos Estados Unidos nos séculos 18 e 19, os quais, por sua vez, foram influenciados por eventos semelhantes verificados na Inglaterra. Os avivamentos geraram inúmeras iniciativas religiosas, sociais e educacionais entre os protestantes anglo-saxões, inclusive um grande interesse por missões mundiais. Em 1810, foi criada a primeira organização de missões