guerra ao terror
Nas sequências de desarmamentos de bombas e tarefas quase impossíveis a serem executadas pelo sargento, não há muito espaço para dramas ou crises. Assim como o roteiro de Mark Boal, em “Guerra ao Terror”, tudo é automático. As bombas não são desarmadas pela glória da pátria americana. São apenas mais uma tarefa a ser cumprida por um homem. Um serviço.
Uma das características destacada pela crítica especializada foi a utilização de atores desconhecidos e jovens para os principais papéis. Isso ocorre, pois, em “Guerra ao Terror", a preocupação não é retratar a guerra com base em ideologias políticas e, muito menos, apresentar o conflito como um espetáculo de destruição em massa. Na visão de Bigelow, os soldados são mostrados como uma personificação exata do propósito da guerra: passar para a próxima fase.
Em suas tramas, tarefas e, até mesmo no relacionamento com outros militares e iraquianos, os soldados são caracterizados pela diretora como homens corajosos que, em meio à aspereza das batalhas, tornam-se meras ferramentas da funcionalidade, meritocracia e burocracia. Como desarmar uma bomba com mais de uma tonelada de TNT sem ser meio homem, meio máquina?
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