Guarapiranga
Inicialmente conhecida por Represa de Santo Amaro, a Represa do Guarapiranga que atualmente é Responsável pelo fornecimento de água a 4 milhões de pessoas no estado de São Paulo, teve sua construção iniciada em 1906 pela Light and Power Company (na época responsável pelo fornecimento de energia elétrica na cidade), sendo concluída em 1908 com 1,5 km de comprimento, 19 metros de altura e capacidade para armazenar 200 milhões de metros cúbicos de água. Sua finalidade era, originalmente, atender às necessidades de produção de energia elétrica na Usina Hidrelétrica de Paranaíba e regularizar a vazão do rio Tietê, que fora muito reduzida por causa da estiagem. A partir de 1958, por meio de um acordo entre o governo do Estado e a Light, a represa passou a ser usada exclusivamente para abastecer a cidade. Atualmente a região metropolitana de São Paulo conta com o abastecimento de água através das represas Billings e Guarapiranga e com o sistema Cantareira.
A represa é abastecida pelo Rio Guarapiranga, Embu-Guaçu e Embu-Mirim e outros córregos e ribeirões de menor porte que lhe fornecem água. Seus nomes: Ribeirão Itaim, Lavras, Represa e Fazenda da Ilha, e os córregos Luzia, Itararé, Campo Fundo, Piqueri, Itupu, Guavirutuba, São José, Rio Bonito, Rio das Pedras, Tanquinho e Casa Branca. São eles que mantém viva a nossa represa, e ao mesmo tempo são eles que atualmente a estão matando, de tanto levar para ela a sujeira que desce dos loteamentos irregulares e favelas que não possuem redes de esgoto.
A área da Represa do Guarapiranga, antigamente era habitada apenas por índios tupis-guaranis, com o tempo os brancos foram se apoderando das terras dos índios para instalar suas fazendas de criação de gado. Aos índios restaram apenas três aldeias, que existem até hoje: uma no bairro de Barragem em Parelheiros, outra no Cupurutu, também em Parelheiros, e a terceira em Embu-Guaçu.
A partir dos anos 1920 e 1930, um crescente interesse pela ocupação das margens da