Guarani
Eles são considerados o maior grupo nativo brasileiro, e estão espalhados por vários outros países da América do Sul. Subdivididos em diversos grupos, de acordo com suas particularidades culturais e linguísticas, os guaranis chegaram a ter, por estimativa, cerca de 2 milhões de indivíduos antes da chegada dos europeus. Hoje são pouco mais de 46 mil.
Mas para nossa sorte, sua cultura ainda continua “viva” em pequenas reservas espalhadas por vários estados brasileiros.
Tirando as discussões históricas sobre a colonização do continente americano, existe a estimativa de que o homem migrou para cá por volta de 20 mil anos atrás. Durante este tempo, os que aqui chegaram foram gradativamente tomando conta do território e, espalhados, passaram a cultivar hábitos, costumes e linguagens diferentes.
Vários grupos humanos foram se formando continente afora, e alguns chegaram a um nível de civilização bem avançada – como é o caso dosastecas, dos maias, dos incas ou dos chimus.
Mas no atual território brasileiro, considera-se que as “tribos” que migraram para esta parte do continente ainda viviam como se estivessem no Paleolítico, ou seja: eram semi-nômades, coletores, pescadores, costumavam cultivar pequenas roças onde plantavam mandioca, milho, batata e feijão, além de fabricarem pequenas peças artesanais como cestas, vasos de barro etc…
Os guaranis não fugiram a esta regra. Apesar de existirem diversos grupos diferentes, no geral eles compartilhavam outras características em comum: não faziam uso da linguagem escrita e transmitiam suas tradições de forma oral. E eles não se referiam como guaranis – que significa “guerreiro” -, mas cada grupo se identificava de acordo com os elementos da natureza onde estavam próximos, como rios, lagos, ou então um aspecto particular da “tribo”, geralmente nomes dados por outras tribos. E quando estes nomes foram conhecidos pelos portugueses e espanhóis, eles passaram também a reconhecer e identificar os