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Esse período foi marcado principalmente pela banalização do uso da força Estatal em situações de violência extremada e criminalização das relações sociais. No contexto do Estado de São Paulo, a administração de Fleury alcançou números recordistas mundiais de execuções de civis pela polícia. Entende-se o massacre ocorrido em outubro de 1992 na penitenciária conhecida como Carandiru como um reflexo direto dessa política repressora. O genocídio que matou 111 presos chamou a atenção da mídia nacional e internacional, organizações de defesa dos direitos humanos se manifestaram em protesto. Algumas dessas organizações apresentaram uma petição pedindo a condenação do Brasil pelo ocorrido à Corte Interamericana de Direitos Humanos que julgou procedente a ação baseando-se nos artigos 4, 5, 8 e 25 do tratado se Sano sé de Costa Rica o qual o Brasil é signatário.
Muitos anos se passaram até que se construísse o relatório conhecido como CPI do sistema carcerário. O documento comprova que, mesmo após o alerta da Corte Interamericana o que se tem ainda é um grande quadro de impunidade e a permanência do descaso às garantias fundamentais dos cidadãos encarcerados no país.
O contexto de redemocratização e as políticas de segurança pública
O contexto de redemocratização pós regime-militar no Brasil, especialmente no início dos anos 90 é marcado por uma dicotomia latente: um Estado que pretendia democrático, uma constituição que garantia uma gama de direitos individuais e coletivos jamais vista e, do outro lado, um Estado que ainda se fazia repressor e arbitrário. A ação policial na década de 90 inaugura a exposição de um quadro de violência inigualável por parte do Estado, comparável às arbitrariedades do regime militar, a diferença é que a violência policial nesse contexto estava mais exposta pela mídia portanto vulnerável à reprovabilidade social.
No contexto específico do Estado de São Paulo, o processo de redemocratização contou inicialmente com um governo que