Grupos Separatistas Da Europas
Catalunha, País Basco, Flandres: várias regiões desejam, em maior ou menor grau, obter independência ou ao menos mais autonomia. Votação na Escócia pode fortalecer essa chama por Deutsche Welle — publicado 18/09/2014 05:09
Tendências separatistas jamais tiveram chances reais de se concretizarem. Situação pode mudar com o referendo escocês
No Leste Europeu, a desintegração da União Soviética e da Iugoslávia resultou na criação de muitos países. No oeste, entretanto, as fronteiras sempre pareceram estar fixas. É verdade que houve tendências separatistas, algumas delas violentas, mas essas iniciativas jamais tiveram chances reais de atingir seus objetivos.
Essa situação poderá mudar em breve, com o referendo sobre a independência da Escócia marcado para 18 de setembro. Londres já afirmou que respeitará a vontade dos escoceses de sair do Reino Unido, se assim ficar decidido. Pesquisas indicam que uma vitória do "sim" é possível. Caso aconteça, ela poderá desencadear uma série de outros movimentos pela independência no continente.
Escócia: A união entre a Escócia e o Reino Unido, que já dura mais de 300 anos, poderá chegar ao fim caso a maioria dos escoceses opte pela independência no referendo marcado para 18 de setembro. A pergunta direta a ser respondida com "sim" ou "não" sobre a secessão poderia nem ter sido necessária, caso o governo britânico tivesse permitido uma terceira opção, oferecendo maior autonomia ao país. É bem provável que a maioria dos escoceses optasse por essa possibilidade.
No entanto, Londres não considerou essa terceira opção, presumindo que a possibilidade de uma independência total assustaria a maioria dos escoceses. Esse plano pode ir por água abaixo. Se a maioria optar pelo "sim", a Europa testemunhará o renascimento de um Estado escocês já em 24 de março de 2016.
Catalunha: Em nenhuma outra região europeia o "vírus" escocês pela independência poderá ser mais