Grupos operativos
Segundo Pichon-Rivière, entende-se por grupo um conjunto de pessoas movidas por necessidades semelhantes e se reúnem em torno de uma tarefa específica, um objetivo mútuo, onde cada participante é diferente e exercita sua fala, sua opinião, seu silêncio, defendendo seu ponto de vista. E neste grupo o indivíduo constrói sua identidade introjetando o outro dentro de si, ou seja, mesmo quando uma pessoa está longe posso chamá-la em pensamento ou mesmo todo conjunto. Assim o sujeito constrói sua identidade na sua relação com o outro, estando povoado de outros grupos internos de forma que todos esses integrantes do nosso mundo interno estão presentes em nossas ações. (FREIRE, 2000)
Os grupos operativos se caracterizam pela relação que seus integrantes mantêm com a tarefa, que pode ser de cura ou aquisição de conhecimentos por exemplo. As finalidades e propósitos dos grupos operativos são as atividades centradas na solução de situações estereotipadas, dificuldades de aprendizagem e comunicação, devido à acumulação de ansiedade que desperta toda mudança. A ansiedade diante da mudança pode ser depressiva (abandono do vínculo anterior) ou paranóide (criada pelo novo vínculo e as inseguranças) (OSÒRIO, 2003).
A mudança, que é o objetivo primordial de todo grupo operativo, envolve todo um processo gradativo, no qual os integrantes do grupo passam a assumir diferentes papéis e posições frente à tarefa grupal. O momento da pré-tarefa é caracterizado pelas resistências dos integrantes do grupo ao contato com os outros e consigo mesmo, na medida em que o novo, o grupo, gera ansiedade e medo, medo de perder o próprio referencial, de se deparar com algo que possa surpreender e por