Grupos de autoajuda
PIMENTEL, Elenita de Castro.¹
ELIAS, Terezinha Façanha.²
RESUMO: O presente relatório proposto pela disciplina de Prática Integrativa IV do curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza tenta investigar como um grupo de ajuda mútua interfere na identidade dos sujeitos submetidos ao programa de 12 passos adotado pelo Celebrando Restauração (CR), uma das áreas de atuação da Instituição Igreja Batista Central de Fortaleza. Para isso partiu-se dos conceitos de Identidade e de Grupo abordados pela Psicologia Social e Organizacional, respectivamente. O que se pretendeu através de entrevistas realizadas com os membros deste grupo foi investigar acerca da capacidade terapêutica de tais grupos no que diz respeito a uma reconfiguração da Identidade dos sujeitos a medida que estes se submetem ao programa. Esta pesquisa visa refletir sobre esse espaço representacional dos grupos de ajuda mútua e a impossibilidade de um saber que não seja social, como afirma George H. Mead, ao falar sobre a formação da mente a partir da sociedade e da construção do self na relação entre a sociedade e a mente. Apesar das limitações da temática por conta da subjetividade inerente a perspectiva dos sujeitos entrevistados sobre eles mesmos, as capacidades terapêuticas apresentam-se irrenunciáveis nos discursos trazidos pelos entrevistados. Mostra-se, portanto, a urgência de olharmos para tais capacidades sob o referencial da Psicologia Social.
Palavras-chave: Psicologia Social. Identidade. Grupos de ajuda mútua.
Introdução
Esta pesquisa teve como base o interesse da autora em entender como um grupo de ajuda mútua é vivido subjetivamente no que diz respeito à percepção e a autoconscientização dos sujeitos participantes referente as possíveis transformações decorrentes dessa vivência.
Como se dá a articulação do sistema simbólico do grupo com os comportamentos dos seus