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Os japoneses eram considerados azarões pelos executivos do setor que acompanhavam as negociações. O grupo sul-africano SAB Miller, que fez parceria com o inglês Diageo para avaliar os números da empresa brasileira, havia desistido da disputa, mas a holandesa Heineken, considerada a favorita na briga, ainda estava no páreo.
Mesmo com o acordo fechado com os sócios majoritários, a Kirin pode vir a enfrentar problemas com os outros sócios - os primos Gilberto e José Augusto Schincariol, que detêm 49,55% das ações e se opuseram às condições da venda. Ontem mesmo, o próprio Adriano tomou a iniciativa de convocar um reunião de emergência com o conselho da empresa para comunicar as suas razões para sair do negócio.
A ala da família que não concorda com a venda argumenta que teria direito de preferência para comprar a parcela dos primos e que teriam sido surpreendida pelo anúncio da venda. Diante disso, estaria disposta a questionar juridicamente a operação. Nos últimos tempos, segundo pessoas próximas, Gilberto movimentou-se em busca de recursos para exercer o direito de preferência e comprar a participação dos primos. Procurou fundos de investimento e, na semana passada, tentou uma aproximação com o BNDES, que não deu certo.
Com 13 fábricas e líder de participação em vendas no Nordeste, uma das regiões que mais cresce no Brasil, a Schincariol faturou R$ 5,7 bilhões em 2010, o que significou um aumento de 11,8% em relação ao ano anterior. O Brasil, aliás, é hoje o terceiro maior mercado global, atrás da China e dos Estados Unidos.
É também um dos mercados mais promissores. Nos EUA, Europa e Japão, o consumo de cerveja cai. Os países emergentes são a bola da vez para a expansão do