Grupo infantil
EMPREENDER SAÚDEon 07/12/2011 at 10:33Quando a Rainha Vermelha diz para Alice que no País das Maravilhas é preciso correr o máximo possível para ficar no mesmo lugar –e se quiser sair dali ela terá que correr duas vezes mais rápido –, a ficção de Lewis Carroll parece descrever a saga dos tempos atuais. O alto fluxo de informações e o senso de urgência que dão o tom do mercado corporativo hoje provocam nos profissionais a eterna sensação de que é preciso estar sempre em desabalada carreira para ser bem-sucedido. Quando esse êxito é entendido pela conquista dos primeiros postos nas companhias, a situação é ainda mais complicada, principalmente para as mulheres.
A angústia de querer ser o senhor do tempo, onipresente e infalível atinge em igual medida ambos os gêneros nas organizações. A diferença é que elas convivem com outras pressões que extrapolam os muros da empresa. As companhias, por sua vez, organizadas a partir de modelos surgidos nos anos 1950, quando o ambiente de trabalho era predominantemente masculino, ainda estão começando a entender as necessidades específicas do público feminino. Esse contingente já responde por 60% dos profissionais que ingressam nas companhias no Brasil. Muitas dessas jovens olham com desconfiança para esse desequilíbrio entre trabalho e vida pessoal vigente. Manter seu ânimo pela carreira executiva, agora é um grande desafio para as empresas no país.
As 15 executivas eleitas nesta edição da revista Valor Liderança Executivas trilharam um longo caminho para chegar ao alto escalão. Para elas, a realização profissional foi fruto de escolhas nem sempre fáceis na vida pessoal. O prazer em poder fazer o que gostam, entretanto, parece tê-las feito superar possíveis arrependimentos. Segundo as executivas, a nova geração conta com algumas vantagens. Uma delas é a crescente percepção dentro das organizações sobre a importância