Grupo galpão - romeu e julieta
O Grupo Galpão é uma companhia de teatro criada há 29 anos, se situa em Belo Horizonte e é uma referência do teatro no Brasil – uma das grandes conquistas. Em seu trabalho que é voltado ao teatro de pesquisa, busca principalmente manter presente a linguagem do teatro de rua e também do teatro popular.
O Espetáculo “Romeu e Julieta” de Shakespeare, montado pela companhia em 1992, sob a direção de Gabriel Villela foi o que marcou verdadeira ousadia do grupo, visto que era um clássico sendo representado em praças e em várias cidades e países afora.
Focando-se no ponto que diz respeito às apresentações deste mesmo espetáculo no Shakespeare’s Globe Theatre, em Londres, tentarei abordar à respeito de sua repercussão no público como também da repercurssão de elementos estéticos que constituíam o espetáculo.
O PÚBLICO: Caracterizava-se por apresentar surpresa, olhos em altura emocional inconfundíveis e, em quase todos os momentos do espetáculo, a participação era ativa emocionalmente. Faziam gestos e ações que demonstravam o mesmo.
Algo tocante em meu ver, foi notar mesmo que de longe – e isso a tecnologia pode transpor-, o quanto era importante para cada espectador estar ali. Via-se nos olhos e, como disse anteriormente, viabilizava-se nas ações.
“-Eu não entendi nada, mas entendi tudo”. Frase dita por um espectador, após assistir ao trabalho. Acho que este também é um ponto importante a ser destacado, pois através das ações e gestos que os atores tinham em cena, o público, -apesar de não falar a mesma língua que a companhia, o português-, puderam compreender exatamente o que se passava, através de um veículo maior.
OS ACESSÓRIOS: As duas cruzes que estão no espetáculo, se referem à morte e trazem em si um clima de despedida, desde seu início.
As pernas-de-pau se referem à questão da instabilidade relacionada a descoberta do amor, do novo e do inseguro. Pode-se perceber isso também, quando os atores usam em alguns