Grupo fluxus
O movimento fluxus traduz uma atitude diante do mundo, do fazer artístico e da cultura que se manifesta nas mais diversas formas de arte: música, dança, teatro, artes visuais, poesia, vídeo, fotografia e outras. Seu nascimento oficial está ligado ao Festival Internacional de Música Nova, em Wiesbaden, Alemanha, em 1962, e a George Maciunas (1931-1978), artista lituano radicado nos Estados Unidos, que batiza o movimento com uma palavra de origem latina, fluxu, que significa fluxo, movimento, escoamento. O termo, originalmente criado para dar título a uma publicação de arte de vanguarda, passa a caracterizar uma série de performances organizadas na Europa, entre 1961 e 1963. O Fluxus foi um movimento global antiglobalização, Não pretendia impor algo às pessoas no mundo inteiro, mas se situar contra a "doença burguesa". Em vez de fazer oposição às ideologias, criticava as estruturas existentes, tentando livrar as pessoas de imposturas, Fluxus mobiliza artistas de várias partes do mundo. As principais fontes do movimento podem ser encontradas num certo espírito anárquico de contestação que caracteriza o dadaísmo, As performances e os happenings, amplamente realizados pelos artistas ligados ao Fluxus, remetem a uma vigorosa tendência da arte norte-americana de fins dos anos 1950, por exemplo, aos trabalhos de Robert Rauschenberg (1925-2008) ligados ao teatro e à dança. As realizações do Fluxus justapõem não apenas objetos, mas também sons, movimentos e luzes num apelo simultâneo aos sentidos da visão, olfato, audição e tato. O espectador é convocado a participar dos espetáculos experimentais, em geral, descontínuos, sem foco definido, não-verbais e sem sequência previamente estabelecida. Qual foi a ruptura mais importante apresentada por Maciunas e pelos artistas do Fluxus? O Manifesto Fluxus, de 63, deixa bem claro: o movimento tratou a arte mais como uma idéia, um processo, uma conexão político-social, uma urgência de