greve sp
Porque ser imparcial e ser honesto são coisas diferentes. O discurso da imparcialidade é aquele que pondera críticas e elogios a todos os lados. E, para isso, às vezes distorce os fatos. O discurso honesto é diferente: é aquele que procura compreender os fatos e o que está por trás deles.
Então, vamos aos fatos:
Antecedentes
Antes da greve do Metrô, houve outra greve com semelhante potencial de prejuízo: a dos ônibus em São Paulo. O curioso é que a greve foi feita à margem do sindicato da categoria, que tinha aprovado a proposta de aumento salarial da prefeitura (eu mesmo cheguei a desconfiar que fosse locaute – greve de patrões fazendo lobby – e me retratei por isso depois).
Durante a greve dos ônibus, os Metroviários votaram por sucessivos adiamentos de um eventual movimento grevista. Por fim, marcaram a data: 05 de junho.
29 de maio de 2014
Metroviários fazem campanha salarial e marcam greve para o dia 05 de junho. No entanto, antes da greve, propõem a abertura das catracas ao invés da cessação do serviço, para não prejudicar a população. O governo de Geraldo Alckmin não aceitou.
02 de junho de 2014
Os Metroviários, que inicialmente tinham pedido 35,5% de aumento salarial, em menção ao aumento pleiteado pelos Ministros do STF, fixaram sua proposta salarial em 16,5%. No entanto, o governo estadual NÃO APRESENTOU PROPOSTA além da anterior, de 8,7%, e a greve foi confirmada para o dia 05.
04 de junho de 2014
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou, DURANTE A GREVE, o funcionamento de “100% do Metrô no horário de pico e ao menos 70% nos demais horários”. O que, na prática, é uma afronta contra o