Greve de Policia militar e civil no Maranhão
No dia 23 de novembro de 2011, Os Policiais militares e oficiais do Bombeiro do Maranhão fizeram uma carreata até a assembléia legislativa, e declararam “greve” por um tempo indeterminado, porque o governo do estado se recusou a atender às suas reivindicações, dentre elas: Fim do RDE (regulamento disciplinar do exército), reajuste salarial de 30% e jornada de trabalho de 44 horas.
O estado respondeu mandando a força nacional acabar com o movimento, mas não conseguiu. Os militares continuaram com a manifestação que ficou gravada na história do estado.
“O governo nunca nos respeitou. Nem sequer tínhamos um sindicato e éramos regidos pelo RDE. Essas normas eram uma espécie de cabresto. A paralisação foi a quebra desse controle. Nós estávamos lutando pelo fim de certas punições “injustas”, pela criação de uma associação ou sindicato para os militares, além do aumento salarial”
Subtenente Dilmar da PM-MA e Monitor do Colégio Militar Tiradentes de São Luís-Ma.
No dia 26, o Choque se juntou aos revolucionarios, fazendo dessa manifestação o maior movimento paredista do Brasil. Dia 27, todos os alunos da Academia de Polícia e os Tenentes da PM entraram no movimento (iniciado por praças). Na terça-feira (29), Os policiais civis, também declararam greve e foram recebidos com saudações pelos militares.
A segurança do estado foi assumida pelo exército, que não estava preparado para o policiamento ostensivo. Vários homicídios, assaltos e arrastões ocorreram em muitos lugares.
“As pessoas andavam na pura insegurança, deixavam de resolver seus problemas. Eu evitava ir ao banco ou mesmo sair de casa. Ia para o hospital onde trabalho, mas tinha muito medo.” Afirma Maria da Conceição Pereira, 43 anos. Técnica de enfermagem e moradora da Vila Santa Terezinha/ São José de Ribamar.
“Durante a greve dos PMS, já imaginava amanhecer o dia e seguir a minha rotina de moto boy, sentia muito medo, pois sabia que tinha a